A história do Bitcoin
A última recessão da economia brasileira ocorreu durante a crise de 2009. Conhecida como Grande Recessão, a crise começou nos EUA e teve como marco a quebra do banco de investimento Lehman Brothers, em setembro do ano anterior, provocando a falência de diversas outras instituições financeiras em um “efeito dominó” para outras economias.
No mesmo dia, outro grande banco americano em dificuldades, Merrill Lynch, foi incorporado pelo Bank of America. Os acontecimentos daquele dia derrubaram os mercados de ações.
Muitas pessoas perderam quase tudo o que tinham nos bancos, o que fez surgir o questionamento se de fato elas eram donas do seu dinheiro e riqueza.
E a partir disso surgiu o Bitcoin propondo uma solução completamente diferente do modelo tradicional, uma solução em que as pessoas não dependem mais de bancos e intermediários para administrar seus bens.
A proposta do Bitcoin é oferecer às pessoas a liberdade de decidir como administrar seus bens.
Ele possibilita que as pessoas sejam de fato as donas do seu dinheiro, porque é um sistema confiável e descentralizado.
Há 13 anos atrás o Bitcoin era lançado no mercado financeiro pelo seu misterioso criador: o Satoshi Nakamoto.
Antes mesmo do Bitcoin ter sido estabelecido como a primeira criptomoeda, tiveram outras tentativas de criar moedas online com livros contábeis protegidos por criptografia.
O Bitcoin se tornou visível e popular por oscilações de preços que muitas vezes são destaque de notícias e chamam atenção de traders financeiros.
A origem da primeira criptomoeda do mundo
O Bitcoin foi introduzido pela primeira vez em 2008 como uma moeda descentralizada, sem a necessidade de um branco central ou intermediários.
Em agosto deste mesmo ano foi registrado o domínio bitcoin.org e em outubro o artigo Bitcoin: A peer-to-peer Eletronic Cash System foi publicado por Satoshi Nakamoto em um fórum sobre criptomoedas.
Esse artigo descrevia como transações financeiras na internet ainda se baseavam em instituições financeiras que serviam de intermediários para fazer a validação da compra, que eram extremamente sujeitas a fraude.
Nakamoto lançou o código aberto(software) por trás do bitcoin em 3 de janeiro de 2009 e no mesmo mês o primeiro bloco do blockchain foi minerado (processo que gera novos bitcoins).
A partir disso, o Bitcoin continuou a ser minerado por outros primeiros contribuidores até 2010. Foi quando o programador Laszlo Hanyecz fez a primeira transação comercial usando a criptomoeda por meio da compra de duas pizzas.
Então, em 2011, mineradores e codificadores começaram a construir outras redes como Ethereum e Litecoin e começaram a melhorar o código por trás do blockchain do Bitcoin, adaptando-o para diferentes usos.
O ano de 2012 foi um ano mais tranquilo. Entre esses momentos, o Bitcoin estava no caminho para se tornar a principal moeda digital do mundo e chegou ao limite de US$ 100 em abril.
Desde então, o Bitcoin foi negociado centenas de milhões de vezes, com as primeiras grandes transações ocorrendo nos mercados negros. O maior deles foi o Silk Road, que negociou quase 10 milhões de Bitcoins durante sua existência.
Por conta do uso de criptomoedas no mercado negro, a regulamentação surgiu em muitos países. O Banco Popular da China iniciou os regulamentos mais impactantes com três ações separadas:
- Em dezembro de 2013, o banco proibiu as instituições financeiras de usar Bitcoin. O ano em que a moeda ultrapassou o valor de $1,000 dólares pela primeira vez.
- Em setembro de 2017, foi emitida uma proibição completa do uso do Bitcoin. Foi o ano mais movimentado para o Bitcoin. Depois de passar 2016 tentando se recuperar, 2017 foi quando finalmente alcançou e ultrapassou a marca de $1.000 dólares. Continuou subindo. Em junho, o Bitcoin valia mais de $3.000 dólares.
No restante de 2017, o Bitcoin estava em alta. Em outubro, estava chegando a $6.000 dólares. Terminou novembro em quase $10.000 dólares e, no final de dezembro, o Bitcoin atingiu um pico de $19.783 dólares.
2018 foi um ano difícil para os usuários de Bitcoin, especialmente aqueles que continuaram acreditando que o preço continuaria subindo. Muitos venderam seus Bitcoins enquanto podiam, e o preço caiu constantemente durante todo o ano.
Em junho de 2021, implementou um bloqueio aos principais mineradores de criptomoedas.
Após cada um desses marcos, o preço do Bitcoin caiu pela metade. Apesar dessas regulamentações, no entanto, o preço do Bitcoin ainda é suportado e tende a subir graças a instituições e países que permitem o uso de criptomoedas. Os dois exemplos mais recentes podem ser encontrados através da parceria da Tala, Circle e Stellar Development Foundations com a Visa, bem como a legislação de El Salvador para tornar o Bitcoin moeda legal.
Quem é Satoshi Nakamoto?
Satoshi Nakamoto é apenas um pseudônimo. A pessoa por trás disso, no entanto, permanece um mistério.
Alguns pensam que é mais de uma pessoa, duvidando que uma única pessoa possa criar algo tão grande quanto a rede Bitcoin.
Outros acreditam na possibilidade de ser uma pessoa, e há muitas teorias sobre quem poderia ser essa única pessoa, mas nenhum foi descoberto.
Uma pessoa se anunciava como Satoshi porque ele tentou literalmente dizer que era. Essa pessoa era Craig Wright, um empresário australiano que não apenas afirmou publicamente ser Satoshi Nakamoto, mas prometeu que forneceria provas disso. Até hoje, ele não forneceu essa prova.
O que vem por aí em 2022?
Autoridades dos EUA e o governo Biden se mostram cada vez mais interessados em novos regulamentos para criptomoedas.
Cada vez mais as pessoas se interessam por criptomoedas, não só investidores, mas também a cultura popular.

A indústria está apenas no começo e em constante evolução. Esses são um dos motivos pelo qual cada nova alta do Bitcoin pode ser seguida de grandes quedas. Nos próximos meses, a tendência são discussões sobre temas desde regulamentação até adoção institucional de pagamento com criptomoedas para entender melhor o mercado.
Conclusão
Por mais que já tenha se passado uma década desde a crise financeira de 2009, as pessoas não esqueceram o quão frágil é o sistema bancário tradicional.
Esta é provavelmente uma das razões que levaram a criação de uma moeda digital descentralizada como o Bitcoin.
Ainda existe um longo caminho a percorrer, mas as criptomoedas representam uma alternativa viável ao sistema bancário tradicional.
Devido à volatilidade do mercado de criptomoedas em quase todos os aspectos, recomendamos que você estude muito e acompanhe o mercado antes de investir em qualquer moeda virtual.
Referências
O futuro do Bitcoin:
Future Of Cryptocurrency in 2022 and Beyond | NextAdvisor with TIME
A história do Bitcoin
https://money.usnews.com/investing/articles/the-history-of-bitcoin